sábado, 7 de março de 2009

Prefácio a Historias de Meninos, do Visconde de Vilarinho de São Romão - Pedro da Silveira

Voltando ao Romantismo, que ainda não tínhamos senão como algo vaga vontade latente em 134-1835, é de acentuar que a este tempo Garrett não dera nem o passo estilístico nem bem o do fundo por se libertar da disciplina neo-clássica. Além do do mesmo Garrett, desde o prefácio do Catão, lembro, ao acaso, um não dispiciendo, assinado com as iniciais G.M. (de quem?) e saído, pouco antes da libertação de Lisboa, no .º 8 do Museu Literário, Útil e Divertido (assim mesmo, ao gosto do tempo...): «Da Poesia Clássica e da Romântica». Como se sabe, também Herculano, em Outubro do ano seguinte, se ocupou disto no n.º 1 do Repositório Literário da Sociedade de Ciências Médicas e de Literatura do Porto; mas, entrando na prática criativa, a «Elegia de Um Soldado», que um mês depois aí publica, tem ainda acentuado sabor neoclássico. Quanto às suas ficções, elas são, como se conhece, mais tardias, nenhuma delas, as depois recolhidas nas Lendas e Narrativas, anterior ao Outono de 1837. De romântico, o que por enquanto se ia podendo ler em português eram traduções, quase todas vindas de Paris e na maioria feitas por Caetano Lopes de Moura: de Chateaubriand desde 1820, com Átala) da Staël,de Walter Scott, de Charles Nodier, etc. Nosso, mesmo nada.

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