A acção pública de Vilarinho de São Romão, em que não faltaram polémicas defendendo os seus pontos de vista quanto ao desenvolvimento económico do País, que sempre quis livre de tutelas estrangeiras, durou até 1846, quando o governo ditatorial de Costa Cabral o demitiu, mais uma vez, de todos os cargos, em que bem servira e nunca se servira. Então, repugnado, retirou-se para a aldeia, a ser outra vez lavrador. Certo, continuou a escrever, principalmente para jornais agrícolas, e em 1857 ainda apresentou à Academia, que a fez imprimir, como já antes ao seu Manual Prático da Cultura das Batatas e do seu Uso na Economia Doméstica (1845), uma Memória sobre a Epioenomia, ou Moléstia Geral das Vinhas. Sentia-se cansado, a não poder mais suportar incompreensões. E passou a viver em Lisboa ou no Porto, no Inverno, nos meses mais benignos e de lida agrícola em Vilarinho de São Romão; até que, de um hidrotórax, se finou aos 14 de Março de 1862.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Prefácio a Histórias de Meninos, do Visconde de Vilarinho de São Romão - Pedro da Silveira
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