quarta-feira, 8 de julho de 2009

PRAIA - Sophia de Mello Breyner Andresen

E era difícil dizer de que tempo ele vinha; pois dos personagens das histórias dum tempo antigo ele tinha a voz, o olhar e os gestos, mas não o destino, nem a vida vivida. Era como se ele tivesse rejeitado todo o destino, toda a vida vivida, como uma coisa alheia, exterior e falsa, e lhe bastasse aquele momento, aquele bar, aquela mesa, aquela conversa, aquele copo.

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